Aleluia! O sepulcro está vazio. Jesus ressuscitou!



Fernando Paulo de A. M. dos Santos
seminarista do 2º ano de filosofia


“Cantai, cristão, afinal: Salve, ó Vítima Pascal! Cordeiro inocente, o Cristo, abriu-nos do Pai o aprisco.”

É com grande fé, amor e esperança que a Igreja celebra a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aleluia! Ecoa a voz do anjo. A vida triunfou. É tempo de alegria! Do sangue derramado na cruz a vida renasceu.
Infelizmente, na cultura ocidental, para muitos o sentido da Páscoa se resume apenas ao consumo dos ovos de chocolate, ofuscando, assim, o seu verdadeiro sentido, a ressurreição de Jesus, que é para nós, cristãos, a principal festa do calendário litúrgico, a razão da nossa fé. Durante todo o tempo pascal, somos convidados a viver a alegria dos discípulos de Jesus, quando descobriram que não precisavam mais ter medo, pois o seu mestre não estava morto, mas havia ressuscitado dentre os mortos. Foi nesse clima de alegria e esperança, que surgiram as primeiras comunidades cristãs.
A festa da Páscoa tem sua origem na festa da Primavera, quando os Hebreus celebravam a passagem de uma colheita para outra. Depois, a festa ganhou um novo sentido, passando a ser celebrada pelos judeus como a recordação da fuga do Egito para a terra prometida. Por fim, com a vinda do Filho de Deus, a Páscoa assumiu seu sentido definitivo, a Ressurreição de Jesus, isto é, sua passagem da morte para a vida. A promessa feita pelo Cristo no templo foi cumprida: “Destruirei esse templo e o reconstruirei em três dias.” (Jo 2, 19).
A Páscoa, antes de tudo, deve ser para nós tempo de transformação. A própria palavra - em grego Pessach, que quer dizer passagem - nos faz esse convite. Durante toda a Quaresma, fomos convidados a voltar o olhar para a fragilidade da nossa condição humana, a reconhecermos os nossos pecados e, assim, tomarmos uma atitude de mudança. Eis que agora chega o momento de renascermos para uma vida nova em Cristo Jesus.
Portanto, celebrar a Páscoa é celebrar a nossa esperança. É deixarmos nos tomar pelos mesmos sentimentos dos discípulos que receberam os primeiros anúncios da ressurreição. É celebrar e anunciar, como discípulos e discípulas do Cristo Jesus, a certeza de que o Filho de Deus não está morto, mas vive e está no meio de nós. “Eis que eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos.” (Mt 28, 20). Oxalá, que nós vivamos esse tempo com intensidade afim de que, repletos de alegria pascal, possamos também nós nos tornar autênticas testemunhas do amor de Deus! “Ide por todo o mundo e anunciai o evangelho a toda criatura!” (Mc 16, 15)

 Uma feliz e abençoa Páscoa a todos!


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