É NATAL DE JESUS

 


O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus (Is 52,10)

           Caríssimos, alegremo-nos: é Natal de Jesus; é festa de alegria, de esperança e de luz! Nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor! Somos chamados a fazer memória de nossa pequenez e da grandeza de Deus que, por amor, desceu à nossa pequenez; rememorar a graça de Deus que envolve todo o mundo. Todos, sem exceção, são amados por Deus e por Ele abraçados neste gesto tão grandioso. Em tempos de tantas divisões, somos chamados a acolher o amor divino que transforma a vida, renova a história e que liberta do mal, trazendo a paz e a alegria. Deus se faz carne e habita entre nós para se deixar abraçar por nós, para transformar nossa realidade, transformar nossa vida e nossa história.

            Em um tempo tão marcado pela dor e pelo sofrimento, a celebração do Natal de Jesus, mais do que nunca, deve reavivar em cada um de nós a chama ardente da esperança. O Natal nos faz recordar, em tempos tão difíceis, que Deus caminha conosco na história; que não estamos sozinhos, pois Ele jamais nos abandona; que, por amor, Ele abraça nossa existência, sofre conosco, chora conosco; se faz um de nós para nos ensinar a lidar com a existência em todas as suas variadas dimensões. No Divino Infante, encontramos tudo o que a humanidade é chamada a ser; encontramos os maiores e melhores sonhos e desejos de Deus para todos nós; encontramos a esperança de dias melhores que estão por vir.

            Neste ano, perpassado pela pandemia do Coronavírus, somos chamados a celebrar um Natal muito diferente do que estamos acostumados; entretanto, talvez deva ser este também um dos mais intensos que celebramos. Devemos ultrapassar o sentimentalismo vazio que muitas vezes a sociedade coloca nesta festa; precisamos fugir do feriado paganizado de nossos tempos, elevado a um patamar capitalista que esvazia todo o seu significado, e celebrar autenticamente o natal; precisamos celebrar verdadeiramente o nascimento do Menino Deus na história e assumir todas as consequências que esta encarnação do Verbo trouxe e traz consigo. Conforme nos fala o Papa Francisco, “Jesus não mudou a história forçando alguém ou à força de palavras, mas com o dom da sua vida. Não esperou que nos tornássemos bons para nos amar, mas deu-Se gratuitamente a nós. Por nossa vez, não esperemos que o próximo se torne bom para lhe fazermos bem, que a Igreja seja perfeita para a amarmos, que os outros tenham consideração por nós para os servirmos. Comecemos nós. Isto é acolher o dom da graça. E a santidade consiste precisamente em preservar esta gratuidade.”

Em meio a tanta dor e sofrimento, precisamos ser sinais de luz e de esperança para tantos de nossos irmãos e irmãs no mundo. Muitos são os que choram; choremos com eles e lhes ofertemos consolação; muitos são os que sofrem; soframos com eles e lhes ofertemos alívio – tudo isso, não por nós, mas pela graça de Deus! Celebrando o Natal, fixemos nosso olhar no Menino Deus e deixemo-nos envolver pela sua ternura, para que a levemos a tantos que necessitam. Tenhamos esperança: o Menino Deus que nasceu em Belém quer nascer a cada dia em nossos corações, em nossas vidas, para nos transformar e nos mostrar a verdadeira felicidade! Acolhamos o Deus que vem ao nosso encontro; abracemos a esperança e não desanimemos perante as dificuldades: não estamos sozinhos – “Hoje nasceu para nós um Salvador, que é Cristo, o Senhor!”


Carlos Geovane N. Magri
2º ano da Etapa da Configuração

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