Conheça a Paróquia São Francisco das Ilhas em Belém do Pará para qual será destinada a coleta missionária dos seminaristas de Mariana
Como gesto concreto do mês missionário o nosso Seminário de
Mariana vai realizar uma coleta, que será enviada à Paróquia São Francisco das
Ilhas. Conheça a bela história e o
testemunho do pároco, Pe. José Reinaldo e dos seminaristas Rodrigo Marcos e
Gilmar Silva, nossos colegas, que lá estiveram.
Conheça
a história da Ilha de Cotijuba
Em 1933, quando a criminalidade infanto-juvenil em Belém atingiu índices alarmantes por conta da
estagnação econômica regional, após o declínio do Ciclo da Borracha, foi
inaugurado, na ilha, o Educandário Nogueira de Faria, construído para abrigar
menores infratores.
Durante a ditadura militar, as instalações do
educandário também abrigaram presos políticos. Em 1945, imigrantes japoneses
chegaram à ilha, ensinaram técnicas agrícolas aos educandos e, em 1951,
fundaram a Cooperativa Mista de Cotijuda Ltda, em parceria com os agricultores
locais. Em 1968, foi construída uma penitenciária na ilha e, por algum tempo,
educandário e presídio coexistiram. Porém, logo o educandário foi extinto e a
ilha se transformou em ilha-presídio, recolhendo condenados
e presos políticos, adultos e menores, com um sistema penal violento e
arbitrário.
Os menores e os presidiários construíram o sistema
viário que se mantém pouco modificado até os dias atuais. Em 1977, a Colônia
Penal de Cotijuba foi desativada.
O estigma de ilha-presídio povoou o imaginário da
sociedade paraense, mantendo-a a distância. Em 1988 a ilha de Cotijuba passou ao
domínio de Belém. Em 1990, a Ilha de Cotijuba foi transformada em Área de
Proteção Ambiental, o que preserva suas
ricas fauna e flora e proíbe a circulação de veículos motorizados, exceto os de
segurança e saúde.
Segundo os moradores de Cotijuba, em 2005, faleceu
o último “preso” da ilha e, com ele, foi enterrado todo o sofrimento que já
existiu por ali. Hoje, Cotijuba é um patrimônio a ser visitado, preservado e
valorizado pela humanidade.
Como se chega a ilha de
Cotijuba?

Como
é o trabalho de evangelização na Ilha de Cotijuba?
A Paróquia São
Francisco das Ilhas, em Cotijuba, próximo a Belém, tem vários motivos para
comemorar.
No dia 16 de Janeiro de 2011, a comunidade São Francisco foi transformada em Paróquia
pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira. A nova Paróquia possui
atualmente 12 comunidades, seis na própria Ilha e outras seis nas ilhas
adjacentes. Esta transformação foi um momento de realização para a comunidade,
que sentia falta de um maior acompanhamento espiritual e litúrgico.
O Pároco, Padre José Reinaldo Ferreira
(mineiro da cidade de Dom Silvério- território da Arquidiocese de Mariana-MG)
conta também com a presença e o serviço do vigário paroquial, Padre Fabrício, da
Comunidade Missionária Villaregia (de
Belo Horizonte) que está atuando junto à paróquia desde agosto deste ano.
Segundo o Padre José Reinaldo, a presença do vigário torna-se uma presença
fortificadora tanto na vida dos paroquianos quanto na sua vida de pároco. “A
paróquia tem todo um potencial para crescer em muitos trabalhos e movimentos
pastorais. Passamos por muitas dificuldades financeiras. Nosso dízimo, por
exemplo, está nascendo da conscientização para sua movimentação. Nosso povo
está descobrindo aos poucos a importância de rezar e por em prática a oração”,
conta o pároco.
Estiveram na Ilha de Cotijuba os seminaristas
da Arquidiocese de Mariana, Rodrigo Marcos, que é irmão do Padre José Reinaldo,
e Gilmar Silva. Ambos cursam o 2º ano de teologia no Seminário São José em
Mariana. Ele partilham a experiência deles: Segundo Rodrigo, “a paróquia de São
Francisco é formada de pessoas muito simples, que sonham, buscam novidades e
acreditam numa comunidade bem estruturada na fé e na partilha. Esperança é o
que não falta nos olhos das crianças, dos jovens e de todos os que cruzam nosso
caminho; um povo afetuoso que doa o seu “nada” que se torna o “tudo” para a
comunidade, porque tem fé e sonha que no mínimo ofertado de coração torna-se
grande a partilha e a fraternidade entre eles; Cotijuba é um lugar de gente
sedenta do novo; gostam de receber pessoas diferentes; é um lugar de homens e
mulheres que lutam pela manhã na busca do pão para alimentar sua família à
tarde e à noite”, ressaltou.
Celebrando este mês de outubro o
Conselho Missionário de Seminaristas em nosso Seminário se propôs a organizar
uma coleta em nossas comunidades formativas, que será enviada a esta paróquia.
Assim, ajudaremos diretamente no trabalho missionário e a um povo com as nossas
mãos generosas, mas também com nossas orações. Entre nesta partilha!!!
Esse padre das imagens e um abusado de menos e uma tristeza
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