“Pentecostes, um novo amanhecer”
Lucas Germano de
Azevedo
Aproxima-se a festa de
Pentecostes, tempo forte que marca o início da missão da Igreja nascente. Tempo
em que se cumpre a promessa de Nosso Senhor, que não desampara os seus
enviando-lhes o Paráclito. Tempo em que as forças são renovadas no espírito de
caridade e a coragem em anunciar o Reino que se intensifica.
No alvorecer de um novo
tempo, somos impelidos pelo mesmo Espírito Santo que habitou nos apóstolos
reunidos outrora no cenáculo. Perguntemo-nos: por que Jesus prometera um
defensor aos seus discípulos? É justamente porque, a eles, foi dada a missão de
levar a boa nova a todos, até os confins da terra (Mt 28, 20).
Hoje, somos igualmente
convocados a contribuir na obra instaurada por Cristo. Necessitamos igualmente
do Defensor para nossa realidade, pois inúmeros desafios nos são impostos num
mundo que está cada dia mais plural. Mas não nos desesperemos, pois a promessa
de Jesus nos é igualmente confirmada: não estamos órfãos, pois o Espírito já
nos foi derramado desde o dia do nosso batismo.
A experiência de
Pentecostes (At 2, 1) move aqueles discípulos a saírem de seu “esconderijo”
para anunciar a todas as nações a palavra d’Aquele que é fiel. O anúncio no
princípio não foi fácil, mas nem por isso os discípulos, agora também e por que
não missionários, não se deixaram abater, pois tinham realizado a experiência com
o Mestre e estavam impulsionados por uma força sem igual, capaz de transpor
montes e vales.
Pentecostes é para nós
esse tempo em que a graça de Deus nos renova e nos orienta à uma vida
comprometida com o irmão que está a nossa espera, pois assim estaremos
realmente cumprindo o que nosso Mestre nos pede. Ao sair pelo mundo não nos
esqueçamos o por quê, não nos esqueçamos que temos doce e agradável companhia e
quando tudo nos parecer perdido, voltemos nosso olhar para Aquele que nos
enviou e assim poderemos dizer como São Pedro: “Senhor, a quem iremos nós? Tu
tens palavras de vida eterna” (Jo 6, 68).
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