São José: Exemplo de missionário
Todo dia 1 de Maio, o
seminário arquidiocesano de Mariana comemora o seu padroeiro com júbilo e
felicidade. Além disso, esse ano a arquidiocese de Mariana está vivenciando o
ano da vocação sacerdotal, por ocasião das festividades do 50 anos de vida
sacerdotal de nosso arcebispo, Dom Geraldo Lyrio Rocha. Inclui-se às alegrias,
a comemoração dos 5 anos de fundação do COMISE em nosso seminário. Diante de
tantas festividades, queremos refletir aqui um pouco sobre São José como modelo
de missionário do Pai, que leva Jesus Cristo até os povos e nos ensina a
alegria de ser um servo do amor misericordioso do Pai. Assim, pretende-se aqui
observar três posturas na vida de São José que nos ajudam na experiência de
missionários.
A primeira postura que se
quer destacar em José é a ACOLHIDA DE JESUS. José, mesmo diante das dificuldades
que a missão lhe apresentava, aceitou Jesus em sua vida desde o início. Se
observarmos o relato de Mateus perceberemos que José é um homem simples,
trabalhador e justo que acolhe Maria de forma fiel como esposa (1,19) e, após a
revelação do anjo, acolhe Jesus como filho e mestre (1, 20-21). Isto nos ensina
que, assim como José, somos chamados a fazer a experiência com Jesus e
acolhê-lO para nos tornarmos missionário daquele que se revela em nossa vida e
história como verdadeiro salvador.
A segunda postura que se
quer destacar em José é a DISPONIBILIDADE EM LEVAR JESUS. Após a acolhida de
Jesus, nosso padroeiro vivencia a experiência de levá-lO aos judeus no templo e
receber o anúncio de Simeão (Lc 2, 21-33); de levá-lO aos pagãos no Egito e
mostrar-lhes que Jesus é o grande salvador de todos (Mt 2, 13-15); de levá-lO a
Nazaré, um lugarejo periférico onde Jesus pode se mostrar próximo dos que estão
nas extremidades da sociedade (Mt 2, 23). Assim, José nos mostra que todo
missionário é alguém disponível para levar Jesus aonde for necessário e com a coragem
de apresentá-lO como o Caminho, a Verdade e a Vida.
A terceira postura é o
SILÊNCIO DE JOSÉ. Se observarmos todos os evangelhos, sobretudo de Lucas e
Mateus que o citam com mais frequência, José não tem nenhuma fala atribuída a
si. Refletindo sobre este silêncio, podemos perceber que nosso patriarca sabe
que não é sua palavra que deve ser anunciada e sim a Palavra de Deus encarnada.
José se silencia para deixar o Verbo falar à humanidade a Boa Nova do Reino de
Deus. O Silêncio de José figura o recado do Pai dado no monte Tabor: “Este é
meu Filho amado, escutai-O.” (Mc 9, 7). Diante disso, podemos perceber que José
ensina aos missionários que não são suas mensagens ou belíssimos discursos que
devem ser anunciados, mas é sobretudo a Boa Nova de Jesus Cristo, Verbo de
Deus, que deve ser levada a todos como a oferta da instauração do Reino de
Deus.
Para encerrar, podemos dizer
que José fez o grande caminho que um missionário deve fazer em sua caminhada
vocacional: a acolhida, a disponibilidade em anunciar e o silêncio que destaca
Jesus como a verdadeira Palavra de Deus. Que neste ano da vocação sacerdotal,
possamos aprofundar nossa relação com Jesus e levá-lO com a mesma fidelidade
que José, para que assim como nosso patrono possamos chegar ao doce sonho de
fazer de Jesus nossa razão de atuar e nosso sentido último para o serviço da
Igreja. SÃO JOSÉ, ROGAI POR NÓS!
Jackson de Sousa Braga.
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