A Ousadia de ter um Coração Missionário
[1]Ana Maria das Graças e Oliveira
[2]Bruna da Silva Rocha
A partir do que lemos concluímos que somos cristãos, somos
Igreja, visto que assim aprendemos e por vezes cantamos “Somos Senhor tua Igreja que aguarda e apressa tua vinda gloriosa…”
(Música: Que santidade de vida- Monsenhor Jonas Abib). Sim, nossa essência
é missionária, apesar de por muito tempo insistirmos em permanecer na
confortável condição de telespectadores da evangelização.
Falar da essência é falar de algo que se encontra no interior, falar de algo que precisa ser descoberto, que precisa ser trazido à tona, e isso só poderá acontecer quando tivermos mente e coração atentos à aquele que plantou em nós nossa essência, nossa vocação, o próprio Jesus Cristo. Sim, já nos foi dado um chamado que ecoa todos os dias: “Ide por todo o mundo, proclamai a Boa Nova a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado, será salvo; mas quem não acreditar, será condenado”. (Mc. 16,15) O IDE é a força que movimenta a essência missionária que está dentro de nós.
Todo cristão
tem o coração missionário, pois segue a voz daquele cuja a excelência da
missionariedade nos trouxe a salvação. Pulsa no coração de todo cristão o
desejo de que o Reino de Deus seja conhecido e desejado por cada homem, por
cada pessoa que ainda não conseguiu identificar essa voz por não ter sido ainda
alcançada pela força da evangelização.
Em Santa Terezinha do Menino Jesus, a padroeira das missões encontramos alguém que identificou sua vocação, sentiu a força do Ide, mas aprendeu e ensinou que essa força precisa ser alimentada constantemente a fim de não se extinguir. O alimento da força missionária, que a faz ter cada vez mais vigor é o Amor, como nos fala Santa Terezinha nos seus escritos autobiográficos: “compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno”. Semeando o amor na vida missionária fazemos do mundo um território onde não há muros, não há fronteiras, não há divisões, onde nossa única segurança está em Cristo.
Seja qual for o estado de vida em que Deus lhe chama a viver, a vida missionária pulsa para ser colocada em
ação na sua vida e na vida da humanidade, seja qual for o local que Deus lhe plantou
aí você deve colocar em ação o seu Ide, a sua vida missionária na simplicidade
de buscar Deus em cada ser humano, em cada momento e em cada ação. Ser uma
esposa missionária evangelizando na educação de seus filhos, no cuidado do seu
lar e esposo. Ser um jovem missionário que enfrenta corajosamente na alegria do
evangelho os desafios de ser “Santo sem
deixar de ser jovem” (São João Paulo II). Ser um consagrado (sacerdote ou
religioso), que se debruça na palavra de Deus para e a faz acessível àqueles
que estão à margem, que têm fome e sede da verdade, ou seja, de Cristo.
Ser missionário é ter consciência de que se caminha em
sentido contrário ao que o mundo pede, afinal o mundo grita: tenha, possua,
reserve, se garanta. O amor diz: partilhe seus dons em favor da humanidade.
Sendo movido pelo amor o missionário não pode ser menos que uma vida feita de “Holocausto de amor.” (Santa Teresinha do
Menino Jesus)
Missão é sempre um chamado para todos sem exceção, para
uma vida onde amar é o ponto chave para evangelizar. Venha ser missionário,
venha semear amor no coração da humanidade, venha matar a sede da humanidade
que no fundo deseja beber abundantemente da água viva que jorra do evangelho
lido, compartilhado e vivido.
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