Coleta Missionária 2013 no Seminário São José será enviada para a República do Congo

Conheça um pouco...

A coleta missionária do Seminário Arquidiocesano de Mariana, que será realizada no dia 18 de outubro será destinada ao missionário brasileiro, Pe. Márcio Sampaio de Paula. Conheça um pouco mais da vida e do trabalho deste sacerdote.

Pe. Márcio Sampaio de Paula é membro da Sociedade dos Missionários de Nossa Senhora da África. Ele nasceu no dia 20 de novembro de 1979 em Ervália (MG). Filho de Antônio Ferreira de Paula (falecido no dia 21 de agosto de 2008) e de Isabel Sampaio de Paula. Ele é o segundo de uma família de cinco filhos. Sua família depois passou a morar na comunidade de Capivara, comunidade que  pertence   a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em São Miguel do Anta – MG.
Os estudos primários, Marcio os fez na escola José de Assis Pinto, em Capivara e os seus estudos secundários no Colégio Pedro Lessa em São Miguel do Anta.
No que diz respeito a sua formação religiosa, Pe. Márcio a iniciou em Barbacena, fazendo um ano de propedêutico no ano de 2000. Em 2001 entra no Seminário São José da Arquidiocese de Mariana onde durante três anos estudou a Filosofia. Durante esses anos no Seminário Maior, ele sente o apelo à vocação missionária e, por conseguinte, contata os missionários de Nossa Senhora da África.
Em 2004, começa os seus estudos de Teologia e a aprendizagem da língua francesa  em Curitiba. No decorrer do ano letivo de 2005-2006, fez o Noviciado, ano de oração e discernimento espiritual, em Bobo-Dioulasso no Burkina Faso, na África.
De 2006 a 2008, fez a sua experiência pastoral na República Democrática do Congo, na paróquia de Santa Bernadette na cidade de Lubumbashi. É uma experiência que lhe permite conhecer melhor a missão fora de uma casa de formação.  
No final de agosto de 2008,  continuou a sua formação teológica na Casa de Formação  dos Missionários de África, em Abidjan na Costa do Marfim, com vista ao seu engajamento definitivo nos Missionários de África. Isso acontece no dia 3 de dezembro de 2010, na capela dos Missionários de África da Fraternité Lavigerie em Abidjan (Costa do Marfim).  Pe. Márcio se engajou definitivamente na Sociedade dos Missionários de África, fazendo o seu juramento missionário na presença do Superior Geral, o Padre Richard Baawobr. No dia seguinte, 4 de dezembro de 2010, na Paróquia São Mateus de Anonkoua-Kouté, foi ordenado diácono por Dom Raymond Ahoua, Bispo de Grand-Bassam. Depois de ter frequentado o último ano de Teologia em Abidjan, foi ordenado sacerdote por Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana. A ordenação aconteceu no dia 9 de julho de 2011 na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em São Miguel do Anta.
            Atualmente, Pe. Márcio atua em missão na República do Congo (África).

A Igreja Católica na República do Congo (Agência Fides)
A história da evangelização da atual República Democrática do Congo remonta ao final do século XV quando, em maio de 1491, missionários portugueses batizaram o soberano do reino do Kongo, Nzinga Nkuwu, que assumiu o nome cristão de Joao I Nzinga Nkuwu. A corte e os habitantes do reino se converteram, por sua vez, à religião do soberano. Em 1512, o reino do Kongo (antigo nome do país que, sucessivamente, se tornou Congo) iniciou relações diretas com o Papa Leão X, tendo enviado a Roma uma delegação guiada por Enrico, filho do Rei Alfonso. Este, em 1518, é consagrado pelo Papa Leão X Bispo titular de Utica, tornando-se o primeiro Bispo originário da África negra.
No decorrer do século XVI, a obra missionária prosseguiu no Reino do Kongo com a chegada, em 1548, de 4 Jesuítas para abrir um colégio. O crescimento dos católicos levou a Santa Sé a erigir a diocese de S. Salvador em 1585, seguida no final do século pela de Manza-Kongo. Com a criação da Sagrada Congregação para a Propagação da Fé (“de Propaganda Fide”), em 1622, é dado um novo impulso à missão no Reino do Kongo e na vizinha Angola, com o envio em 1645 de uma missão de Capuchinhos.
Em 1774, tem início a missão dos sacerdotes seculares franceses. Um obstáculo à ação missionária se verifica em 1834, quando Portugal, a quem foi confiada a evangelização do Reino do Kongo, suprime as Ordens religiosas masculinas nas posses além-mar e na metrópole. A ação missionária foi retomada em 1865, quando os Pais do Espírito Santo (Espiritanos) franceses iniciam a missão no Reino do Kongo. Com o início da penetração belga, chegam ao Congo outras ordens missionárias: Missionários da África (Padres Brancos) em 1880; Missionários de Scheut em 1888; Irmãs da Caridade em 1891; e os Jesuítas, que voltam uma segunda vez em 1892. 
O trabalho missionário traz consigo os seus frutos: em 1917 é ordenado o primeiro sacerdote congolês. Em 1932, realiza-se a primeira Conferência do Episcopado do Congo Belga. À Igreja católica deve-se também o mérito da fundação da primeira Universidade do país, a Universidade Lovanium, aberta pelos jesuítas em 1954 em Léopoldiville, atual Kinshasa. Em 1957, a primeira faculdade teológica da África é criada.
Nos anos 50, se consolida a afirmação do clero local. Em 1956, é consagrado o primeiro Bispo congolês, Dom Pierre Kimbondo. Em 1959, Dom Joseph Malula se torna Arcebispo de Léopoldiville, e 10 anos depois é criado Cardeal.

Nos anos 70, a Igreja atravessa um período difícil por causa da política nacionalista do Presidente Mobutu, que em nome do retorno “à autenticidade” da cultura local contrasta a Igreja católica, considerada como uma emanação da cultura européia. A Igreja reafirma a própria missão e a inculturação na sociedade local, através do documento “L’Eglise au service de la nation zaïroise” de 1972 e, em 1975, do documento “Notre foi en Jésus Christ”. Depois de tornar estatais as escolas católicas, em 1975 a Conferência Episcopal congolesa publica a “Déclaration de l’Episcopat zaïrois face à la situation présente” (Mobutu mudou o nome do país para Zaire).
As duas visitas do Papa João Paulo II, em 1980 e em 1985, deram novo vigor à comunidade católica local. A segunda visita do Papa ocorreu por ocasião da beatificação da Ir. Clementina Anuarite Nengapeta, martirizada em 1964. 
Em 1992-94, um importante reconhecimento do papel social da Igreja católica foi confiar a presidência da Conferência nacional soberana para a transição rumo a um sistema democrático a Dom Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kisangani e atual Presidente da Conferência Episcopal do Congo.
A Igreja católica no Congo conta 47 entre dioceses e arquidioceses, com 63 Bispos e Arcebispos; 2.979 sacerdotes diocesanos e 1.635 religiosos sacerdotes; 1.113 religiosos não sacerdotes e 7.883 religiosas. Os catequistas são 63.447.

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