Maria: Mãe, modelo e formadora dos missionários


O mês de maio é tradicionalmente chamado o mês mariano. E assim queremos sempre mais conhecer e imitar Maria em sua adesão firme e consciente ao projeto de Deus. Maria é modelo de discípula missionária, que foi capaz de sair de si mesma e abraçar o plano salvífico de Deus. Nossa Senhora, com seu testemunho de fé, é também mãe e formadora dos discípulos missionários.  “Maria ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que devem distinguir os discípulos de seu Filho” (DAp.272). Sendo assim, três atitudes de Maria nos ajudam em nossa configuração ao Senhor: a docilidade, a humildade e a alegria de servir.
Maria foi mulher dócil aos apelos do Senhor. Teve durante toda a sua vida um coração convertido a Deus, e por isso foi capaz de ouvir o chamado de Deus para sua vida, discerni-lo e concretizá-lo, colocando-se disponível ao Pai. O discípulo missionário deve viver na docilidade do Espírito, sempre atento ao querer divino, pronto a sair de si. Maria ensina-nos a não nos prendermos às nossas vontades, e a não cedermos aos nossos caprichos, mas a viver na docilidade, na aventura de estar mergulhado no mistério do amor de Deus.
A humildade de Maria é a segunda atitude que precisamos urgentemente assumir em nosso caminho missionário.  Somo servos do Senhor e não de nós mesmos. Maria ao dizer sim a Deus, entregou-se totalmente, aniquilou a sua vontade humana, para fazer sua a vontade de Deus. Não queiramos ser maiores que Deus, passar na frente do Mestre. Somos discípulos, nosso projeto de vida, de anúncio deve ser um só: o Evangelho. É na humildade, quando reconhecemos quão pequenos somos, que edificamos o nosso ser missionário! E diante desta realidade Deus usa de infinita misericórdia para conosco, fazendo-nos instrumentos de salvação, canais da graça, como fez em Maria, e com ela podemos cantar: “O Senhor olhou para minha pequenez e fez em mim grandes coisas (cf. Lc 1,48-49). Sejamos discípulos missionários humildes que revelam o rosto de Deus, como soube fazer Maria.
A terceira virtude que a Virgem Maria nos ensina é termos sempre alegria de servir. A alegria de Maria em colaborar com o plano divino está expresso no Magnificat, que é o retrato de sua alma. Alegria esta que vem do Espírito, que brota do encontro com Isabel, do cotidiano do lar de Nazaré, que surge do serviço despretensioso e atento como em Caná, que tem origem no coração que se compromete a ouvir e a fazer a vontade de Deus. O discípulo missionário deve ser alguém que irradia alegria! Devemos cada vez mais aprender de nossa Mestra a alegria de servir. Os amigos de Deus devem ser alegres, para atrair e chamar todos para junto do Senhor. Se servirmos com tristeza, ou por obrigação, não atrairemos ninguém. Sirvamos na alegria!
E assim dóceis ao Senhor, como servos humildes e alegres, seremos capazes de trilhar o caminho de santidade de Maria, e assim comprovamos que é possível seguir os seus passos. Maria é mãe, discípula, modelo e formadora dos missionários. Imitemos a sua vida e, certamente, seremos autênticos discípulos missionários. “Estrela da Nova Evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até os confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz (EG 287). Maria, modelo e formadora dos missionários, rogai por nós!

Lucas Muniz Alberto

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